Câncer de Mama – Fatores de Risco e Diagnóstico

O que é Câncer?

Todos os nossos órgãos são constituídos por células. O câncer ocorre quando estas células passam a crescer de forma desordenada e incontrolável. Como consequência deste crescimento, há a formação de massa de tecido denominada tumor. Os tumores benignos não são considerados câncer. Os tumores malignos são considerados câncer, e tem a capacidade de invadir outros órgãos, vizinhos ou a distância. A disseminação do câncer é denominada metástase.

O Câncer de Mama

O tipo mais comum de câncer de mama é o chamado carcinoma ductal (tem origem nas células de revestimento dos ductos). Estas células, caindo nos vasos linfáticos, podem chegar aos linfonodos das axilas. Quando atingem o sangue, disseminam para outros órgãos (metástase à distância).

Fatores de Risco e Incidência do Câncer de Mama

O câncer de mama é o mais frequente entre as mulheres. Foram estimados cerca de 58 mil casos novos para o ano de 2016, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Somente 5 a 10% dos casos de câncer de mama têm relação com hereditariedade. Vale lembrar que o câncer de mama também existe entre os homens, correspondendo a 1% dos casos.

Outros fatores de risco:

  • Sexo feminino;
  • Uso de terapia hormonal por período prolongado;
  • Obesidade;
  • Sedentarismo;
  • Alcoolismo;
  • Histórico familiar, sobretudo em parentes de primeiro grau.

Dicas e Cuidados

Boa alimentação: seguir uma dieta saudável, rica em alimentos de origem vegetal como frutas, verduras, legumes e pobres em gordura animal, pode diminuir o risco de câncer de mama.

Fique de olho na balança: mulheres obesas têm mais chances de desenvolver câncer de mama, principalmente quando este aumento de peso se dá após a menopausa ou após os 60 anos. Por isso, a necessidade de praticar exercícios físicos regularmente.

Cuidado com o álcool: ingerir bebida alcoólica em excesso está associado a um discreto aumento do desenvolvimento do câncer de mama. Evite beber.

Autoexame, Detecção Precoce e Diagnóstico

O diagnóstico precoce é importante, pois aumenta as taxas de cura e permite tratamentos mais conservadores e menos agressivos. O principal exame para a detecção precoce é a mamografia, que pode diagnosticar o câncer antes de haver tumoração palpável, e deve ser realizada anualmente após os 40 anos. Procure anualmente um médico, seja da rede púbica ou particular, para a realização de exames, para detectar precocemente qualquer anormalidade.

O diagnóstico de câncer poderá ser realizado através da biópsia, caso exista lesão suspeita, que deve ser solicitada pelo médico após avaliação clínica e exames de imagem, que podem ainda incluir a ultrassonografia mamária e a ressonância das mamas.

Autoexame das Mamas

O autoexame das mamas continua tendo seu espaço e importância, pois muitas mulheres podem ser as primeiras a reconhecer alterações na mama. O autoexame deve ser feito mensalmente, de preferência após a menstruação.

No banho: levante um braço, com os dedos esticados, toque cada parte do seio, procurando sentir os caroços ou nódulos. Use a mão direita para examinar o seio esquerdo e a mão esquerda para examinar o seio direito.

Diante do espelho: com os braços levantados, procure cuidadosamente por alterações de tamanho, forma e contorno em cada seio, observando a existência de rugosidades, entradas ou mudanças na textura da pele. Aperte os mamilos suavemente procurando secreções.

Deitada: coloque a mão direita atrás da cabeça, com a mão esquerda e os dedos indicador e médio esticados, pressione suavemente a mama direita com movimentos circulares que vão desde a periferia até o mamilo. Usando a mão esquerda, repita o movimento no seio direito.

Em pé: pressione levemente o mamilo entre o polegar e o indicador, para verificar ocorrência de secreções. Use o mesmo movimento circular para examinar as axilas.